Riscos Cardiovasculares e a Deficiência de Testosterona

senhor de idade consultando um médico por causa da deficiência de testosterona

Você conhece a relação entre as doenças cardiovasculares e a deficiência de testosterona

Com um número estimado de 17 milhões de mortes por ano em todo o mundo, as doenças cardiovasculares ainda são a principal causa de morte em países desenvolvidos (devido à longevidade, o número de óbitos associados ao câncer está crescendo bastante). 

Os homens estão em maior risco do que as mulheres em pré-menopausa – sugerindo uma possível influência de hormônios sexuais nas doenças cardiovasculares. Sabe-se, por exemplo, que níveis endógenos de testosterona dentro do intervalo de  normalidade estão relacionados com menor risco de morte.

Neste artigo, você vai descobrir a relação entre as doenças cardiovasculares e a deficiência de testosterona. Siga a leitura e confira!

Associação entre a deficiência de testosterona e as doenças cardiovasculares

Existem diversos estudos científicos, de excelência, dissertando sobre a associação entre deficiência de testosterona e mortalidade geral – e cardiovascular. 

Uma avaliação de 12 estudos observacionais sobre este tema incluiu mais de 11 mil pacientes em cada frente de estudo. O acompanhamento durou, em média, 9,7 anos, e observou que a deficiência de testosterona se associava com aumento de 35% e 25% de riscos de mortalidade geral e cardiovascular, respectivamente.  

Em uma meta-análise, que incluiu 70 estudos sobre hipogonadismo (baixos níveis de testosterona) e mortalidade cardiovascular, observou-se que houve aumento da mortalidade cardiovascular nos pacientes que estavam hipogonádicos. De maneira relevante também encontrou-se uma relação entre níveis mais altos de estradiol e risco cardiovascular. 

Um estudo prospectivo acompanhou 794 homens por até 20 anos. Constatou-se que os pacientes com níveis de testosterona total e biodisponível em níveis muito baixos tiveram maior probabilidade de morrer (chance de 40%). Essa probabilidade não se correlacionou com outros fatores estudados – idade, obesidade, estilo de vida, presença de síndrome metabólica, diabetes, presença de doença cardiovascular –  o que só reforça a associação.

Além do aumento do risco de mortalidade cardiovascular e geral, é importante frisar a associação que baixou níveis de testosterona (hipogonadismo) e outros fatores de risco cardiovasculares, tais como: obesidade abdominal, presença de síndrome metabólica, desenvolvimento de diabetes mellitus tipo 2, aumentos dos marcadores biológicos para inflamação e dislipidemia (aumento do colesterol ruim e triglicerídeos). 

Aspectos Positivos da Terapia de Reposição Hormonal

Estudos têm demonstrado que a Terapia de Reposição Hormonal em homens com níveis baixos de testosterona pode atuar, positivamente, nos seguintes aspectos:

Inflamação 

Reduz a quantidade de proteínas pró-inflamatórias, como a proteína C-reativa, o TNF-alfa e a Interleucina-beta, diminuindo a chance de formar ateromas (placas de gordura que se depositam nas artérias).

Lipídeos

Mantém níveis estáveis ou ligeiramente mais baixos de colesterol total e LDL (colesterol “ruim”), além de não interferir ou aumentar ligeiramente os níveis de HDL (colesterol “bom”).

Sensibilidade à insulina

Melhora a sensibilidade à insulina, diminui os seus níveis no sangue, reduzindo a chance de gerar resistência do corpo a este hormônio (o que pode levar ao diabetes tipo 2).

Composição corporal

Reduz a circunferência abdominal e o índice de massa corporal (IMC), aumenta a massa muscular magra e a força muscular.

Função cardiopulmonar

Melhora o pico máximo de consumo de oxigênio, a classe funcional e a aptidão física durante o teste de caminhada de 6 minutos.

Rigidez arterial

A rigidez arterial ocorre naturalmente com o envelhecimento e é um dos fatores de risco para as doenças cardiovasculares. Em um estudo foi demonstrado que há melhora da rigidez arterial com a suplementação a partir de desidroepiandrosterona (DHEA), hormônio que podemos chamar de “pai” da testosterona.

Doença arterial coronariana

Melhora o nível para que o paciente não apresente angina de peito e, potencialmente, risco para infarto agudo do miocárdio (IAM) – além da mortalidade associada em pacientes com coronariopatias. Essas mudanças podem também contribuir para melhorar a qualidade de vida – algo que também foi observado através de questionários, em estudos da área.

Para maiores informações sobre o assunto, acesse nosso blog e entre em contato com o Dr. João Pedro Bueno Telles, urologista que realiza atendimento em Porto Alegre. 

Agende sua consulta!