Hiperplasia Prostática Benigna

Trata-se de um crescimento da glândula prostática devido à proliferação celular (hiperplasia das células do estroma e do epitélio). Apesar das pesquisas indicarem múltiplas causas para a HPB, apenas dois fatores de risco são bem estabelecidos: a idade e os andrógenos (hormônios masculinos). A partir dos 40 anos, todo homem pode desenvolver a doença, estando presente em 30% dos homens com até 65 anos e em mais de 90% dos indivíduos octagenários. Não existe uma forma eficaz de prevenção, sendo mais frequente o tratamento dos sintomas depois da doença instalada.

Sintomas

O aumento de volume da glândula poderá obstruir a uretra prostática, dificultando o fluxo urinário e gerando os sinais e sintomas: jato fraco, hesitação (demora em iniciar a micção), intermitência do jato, sensação de esvaziamento incompleto ao término da micção, polaciúria (mais de 8 micções por dia), noctúria (aumento de micções noturnas), entre outros.

A principal consequência da HPB é o decréscimo na qualidade de vida, manifestado pelos sinais e sintomas crônicos. A retenção urinária aguda (impossibilidade de urinar) pode ocorrer ao longo da doença, sendo mais comum quando o paciente não cumpre o tratamento ou como manifestação inicial. Extremamente dolorosa, necessita de sondagem vesical de urgência. Em casos extremos, normalmente sem o devido acompanhamento do urologista, pacientes com HPB podem desenvolver, após anos de doença, insuficiência renal (inclusive necessitando de diálise).

Diagnóstico

Durante a entrevista médica, questionar sobre a presença dos possíveis sinais e sintomas é a principal forma de diagnóstico. Soma-se o exame físico, onde o toque retal estabelecerá o volume prostático aproximado, e a coleta de exames laboratoriais. Na análise laboratorial, coletamos o antígeno prostático específico (PSA) e o EQU/Urocultura. Valores elevados de PSA forçam a realização de uma biópsia prostática e sinais de infecção urinária (que podem mimetizar os sinais e sintomas) implicarão em tratamento antibiótico.

A quantificação dos sintomas é importante para determinar a severidade da HPB. Para tanto, aplica-se o questionário “Escore Internacional de Sintomas Prostáticos” (IPSS). Este questionário também é importante no acompanhamento dos pacientes com poucos sintomas, inicialmente tratados com manejo expectante.

Tratamento

As formas de tratamento mais comuns são o manejo expectante (pacientes com mínimo grau de doença), as terapias medicamentosas (principalmente os alfa-bloqueadores – isolado ou em combinação com os inibidores da 5-alfa-redutase) e a terapia cirúrgica. Cabe ressaltar que apenas o manejo cirúrgico irá modificar a história natural da doença, ou seja, poderá interferir na evolução da doença (os medicamentos, embora menos invasivos e com menor risco associado, apenas tratam os sintomas).

Existem várias terapias cirúrgicas, sendo as mais comuns em nosso meio: prostatectomia aberta, a ressecção transuretral da próstata (RTU-p), a incisão transuretral da próstata (ITU-p), a enucleação da próstata com Holmium Laser (HoLEP) e a vaporização fotosseletiva da próstata (Laser Verde).

O que são Prostatites?

Conceitualmente, tratam-se de processos inflamatórios da glândula prostática, podendo ou não ser causados por bactérias (processo infeccioso-inflamatório). Homens com atividade sexual regular são mais propensos a desenvolverem prostatites, embora virtualmente qualquer indivíduo possa ser acometido de uma das formas da doença.

Existem, para fins de classificação, quatro tipos de prostatite:

1 – Prostatite bacteriana aguda: normalmente com sintomas mais intensos – febre, prostração, ardência e dificuldade urinária (até mesmo retenção urinária). Pode evoluir para uma septicemia.

2 – Prostatite bacteriana crônica: apresenta-se com sintomas irritativos da micção – freqüência urinária, sensação de micção incompleta, desconforto suprapúbico e ejaculatório. Por vezes, difícil de diferenciar da hiperplasia prostática benigna.

3 – Prostatite abacteriana crônica ou síndrome da dor pélvica crônica: principal sintoma é a dor pélvica crônica – nunca inferior a três meses de duração. O sucesso terapêutico nesses casos é restrito.

4 – Prostatite inflamatória assintomática: presente em indivíduos com elevação do antígeno prostático específico (PSA) submetidos à biópsia da próstata. Normalmente assintomáticos, não necessitam tratamento.

O tratamento diferirá a partir do tipo de prostatite. Os antibióticos são imperiosos nos tipos 1 e 2 (além de anti-inflamatórios e analgésicos), enquanto que medicações para controle da dor crônica (antidepressivos tricíclicos, gabapentina) são os indicados para o tipo 3.

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