Estudo sobre remédios para disfunção erétil e o câncer de pele

Drogas para o tratamento da disfunção erétil não aumentaram o risco para câncer de pele

Três medicamentos amplamente utilizados no tratamento da disfunção erétil (impotência sexual) – Cialis®, Levitra® e Viagra® – não parecem, conforme novo e amplo estudo, estar relacionados com aumento no risco de melanoma – um tipo de câncer maligno de pele.

Mas de onde veio a preocupação entre o uso dessa classe de medicamentos e o risco em desenvolver melanoma?

Testes laboratoriais haviam sugerido que níveis menores de atuação da 5-fosfodiesterase (proteína desativada pela ação desses fármacos) poderia aumentar o crescimento de células do melanoma. O melanoma é o tipo de câncer de pele que apresenta maiores taxas de letalidade. Além disso, estudos iniciais sobre fatores de risco para o desenvolvimento de melanoma haviam mostrado dados conflitantes, quando analisados os pacientes que ingeriam tadalafila (Cialis®), vardenafila (Levitra®) e sildenafila (Viagra®).

Este novo estudo incluiu mais de 145.000 homens que utilizaram, de maneira frequente, um dos três medicamentos citados. Os pesquisadores compararam esse grupo com um população de 561.000 homens que não fizeram uso de nenhuma dessas medicações, durante o tempo de seguimento proposto. Embora este estudo não possa provar que não exista relação de causa-efeito entre essas drogas utilizados no tratamento da disfunção erétil e o melanoma, os dados não mostraram nenhuma diferença -estatisticamente significativa – entre os dois grupos na chance de surgimento do melanoma.

“Todas as nossas observações apontam para que a possibilidade em desenvolver o melanoma seja por maior exposição à radiação solar (fator de risco já definido para melanoma) e não por um efeito colateral das drogas em si”, afirmou o pesquisador principal, Dr. Krishnan Bhaskaran, da London School of Higiene & Tropical Medicine, da Inglaterra.