Hiponatremia (baixos níveis de sódio no sangue), osteoporose (processo de desmineralização dos ossos – mais comum em mulheres após a menopausa) e medicamentos para gastrite e a esofagite (como o omeprazol) surgiram no radar dos possíveis fatores de risco para o desenvolvimento dos cálculos renais. É o que foi apresentado na American Society of Nephrology’s 2016 Kidney Week.
Em relação à hiponatremia, o risco acontece em todas as categorias (hiponatremia passada, crônica, recente e crônica/recente – sendo esta última a que apresenta maior risco – cerca de 5 vezes maior que a população em geral). A conexão mais plausível entre a hiponatremia e o risco de desenvolver litíase urinária deve-se à associação entre os baixos níveis de sódio e o risco elevado de osteoporose.
A Dra. Megan Prochaska, fellow no Brigham and Women’s Hospital (Boston-MA) descobriu que a osteoporose está associada com uma elevação de 39% do risco de desenvolver pedra nos rins quando comparado com indivíduos que não apresentaram alteração em sua densidade óssea. Também se identificou, nessa pesquisa, uma maior presença de cálcio na urina dos indivíduos osteoporóticos (em coletas de 24 horas de urina). Adicionalmente, integrantes do estudo com osteoporose que estavam em uso de bifosfonados (medicações que combatem a perda mineral dos ossos) apresentaram uma redução de 34% no risco de desenvolver pedras nos rins – quando comparados com aqueles que não usavam essas medicações.
Estes novos achados podem fortalecer a indicação de utilizarmos os bifosfonados em pacientes que apresentam osteoporose e, até mesmo, em casos de menor intensidade (como nas osteopenias). Sempre com o objetivo de reduzir o risco de formar novos cálculos.
Por fim, pesquisadores da Universidade Católica do Sagrado Coração, em Roma-ITA, identificaram que medicações que combatem a gastrite e a esofagite (omeprazol, pantoprazol, lansoprazol) estão associados com um aumento de 12% no risco de desenvolver pedra nos rins.