O tratamento de Hiperplasia Prostática Benigna (HPB)

A hiperplasia benigna da próstata é um aumento não canceroso da glândula que comprime a uretra, obstrui o fluxo de urina e pode levar a lesões nos rins.

Há, basicamente, três abordagens para tratar a condição: medicamentos e dois tipos de cirurgia, a resseção transuretral da próstata (RTUP) e a operação com laser.

Os remédios são capazes tanto de controlar os sintomas da doença - como a necessidade de ir ao banheiro várias vezes durante a noite, por exemplo - quanto de reduzir o tamanho da próstata. Porém, eles não promovem cura ou melhora definitiva e, portanto, precisam ser tomados pelo resto da vida.

A origem da HPB, popularmente conhecida como Próstata Aumentada

A hiperplasia benigna da próstata é um aumento não canceroso do órgão que comprime a uretra, obstrui o fluxo de urina e pode levar a lesões nos rins. A causa do problema não é totalmente conhecida, mas acredita-se que esteja relacionada às alterações hormonais que ocorrem com a idade.

O surgimento do problema é mais comum entre homens com mais de 50 anos. Os principais sintomas aos quais o homem deve ficar atento são muitas idas ao banheiro durante o dia e a noite, a necessidade de empurrar a urina e jatos mais fracos do que o normal.

Não tratar a doença pode prejudicar a uretra, que não será tão eficaz em esvaziar toda a urina, o que acarreta infecções e doenças nos rins. Cerca de 80% dos homens com mais de 50 anos apresentam algum sintoma da doença.

O tratamento com Laser Verde

Existem várias abordagens cirúrgicas com uso de laser. Oferecemos, em nosso atendimento, o tratamento com o laser verde. A terapia com laser verde (Green Light Laser) passou a ser usada no Brasil em 2010. Em Porto Alegre, no Hospital Mãe de Deus, iniciamos o tratamento em 2012.

As três gerações da técnica agem na próstata da mesma forma - por meio de um tubo inserido na uretra, o laser lança ondas de luz verde no tecido da próstata, cujo excesso vaporiza e desaparece na hora. A principal diferença entre as gerações da tecnologia é a potência de cada equipamento e, portanto, a eficácia em tratar próstatas cada vez maiores. Uma próstata pesa, em média, 25 gramas. A primeira geração da técnica era eficaz em tratar próstatas de até 80 gramas; a segunda geração, de até 140 gramas; e, a terceira, que já dispomos no Hospital Mãe de Deus, em glândulas de até 200 gramas. Entretanto, essa técnica ainda não faz parte dos procedimentos pertencentes à lista da Agência Nacional de Saúde Suplementar.

Método convencional

Essa técnica, porém, não é a principal no tratamento de pacientes com hiperplasia benigna da próstata no Brasil - a mais utilizada aqui ainda é a Ressecando Transuretral da Próstata (RTUP), desenvolvida nos anos 1950, pela qual é introduzido um endoscópio pela uretra. Atrelado ao endoscópio fica um instrumento que corta e extrai uma parte da próstata.

De maneira geral, um paciente submetido a essa cirurgia apresenta muito sangramento, precisa ficar com uma sonda durante até três dias, internado entre três e cinco dias e só pode voltar a realizar atividades como dirigir após quatro semanas do procedimento.

A cirurgia a laser verde, por outro lado, exige que o paciente fique com uma sonda entre 12 e 16 horas e permaneça internado durante apenas um dia. Eles também conseguem voltar a dirigir dentro de uma semana. Além disso, a RTUP é eficaz em tratar próstatas de até 80 gramas. Se a próstata for maior, é preciso uma cirurgia aberta, com internação de sete dias.

Cura?

Normalmente não é necessária medicação após a cirurgia com o laser e é pouco frequente efeitos adversos depois do procedimento - menos do que 1% dos pacientes apresentam sangramento. Submeter-se à cirurgia, porém, não significa que a pessoa estará curada.

Depende muito do paciente. Em alguns casos, todos os sintomas são curados e, em outros, melhoram de forma significativa. Teoricamente a cirurgia a laser é indicada para todos os pacientes com hiperplasia benigna da próstata, independentemente da gravidade do problema.

Mas é a única opção viável para pacientes que fazem uso de medicações como anticoagulantes ou aspirina e inibidores de agregação plaquetária, pois não podem parar com essas medicações e ficam sem melhorar dos sintomas urinários apenas com a medicação.

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